segunda-feira, 9 de maio de 2011

A primeira gravação da minha vida

Ufa, o teclado ainda funciona... sim, porque depois de eu ter babado todo nele ao cair de cara, tamanho o sono que sinto após ininterruptas 12 hrs de gravação, sendo que acordei hoje as 7:00 para trabalhar o dia todo!...

Ahhhhhhhh mas como é bom. Serio. Compensa cada bocejo ao atender os clientes, cada olheira, cada pontada na perna e todas as dores nunca antes sentidas. Ao ver o cenario todo pronto, a camera rodando, os takes surgindo... tudo que desagradava, ja nem pensava mais. Dor na perna? Queeeee, o importante é se o take ficou bom, não? Ah faz outra? Vamo então!

A correria começou desde que a ideia foi plantada. Nossa equipe, 8 amantes da sétima arte sem um puto de experiência no set, feita de pessoas divertidissimas, estava a todo vapor... porem nao tão afinada. O resultado foi visivel, e aprendi minha 1° lição: não se faz cinema sem muita, mas muita pré-produção.

Corremos loucos atras de locação, atras de todos os objetos, de como fariamos as janelas, de como seria o travelling inicial, de como eu captaria o som da coisa (fui técnica de som, sem saber um A do negócio!), de como teriamos vida além do projeto e de como sairiamos ilesos depois de tudo isso... aiai. Foi tensa a espera pelo grande dia!

Chegamos ontem no set as 13:00, para gravar uns 15 planos... foi ai que aprendi minha 2° grande lição: não se faz cinema sem acordar bem cedo.

A locação foi em uma escola enooorme, e tinhamos que dressar todo o set antes de filmar. E começa o trabalho. Bate prego daqui, puxa coisa daqui, corta, estica, inventa, procura. Ainda bem que fui com uma roupa das mais confortaveis, ou teria tido um tréco e tirado tudo ali mesmo. Aprendi então outra lição: não se faz cinema vestido chique, e sim confortavel.

Graaaaaaaças a Deus havia muita comidinha e agua em abundancia, pois a energia gasta é imensuravel. Os primeiros takes foram feitos, depois da Dani ter tido seu cabelo pintado pelo bem da arte (valeu amiga!!!). Pensa numa atriz de verdade: ela é loira , a personagem morena, podemos pintar Dani, por favooor! E ela aceitou! Mas sem peróxido de hidrogênio, é claro, para nao fixar a tinta. Tudo bem que ficou azul-turquesa, mas... são ossos do oficio, não é?

Os takes foram rodados. Muitos bons, muitos ruins (malditos cachorros cantores de ópera) e todos, sem exceção, mas sem meeeeesmo, nunca teriam acontecido sem o elemento X do cinema mundial. Sim, essa foi minha 4° e maior lição: não se faz cinema sem fita crepe, muuuita fita crepe.

Te juro. Você usa pra tudo! Pro cenario, na claquete, nos cabos, na camera, nas atrizes, no chao, e até no focinho do cachorro cantor de ópera, se precisar.

Ps: tive de voltar ao trabalho. Depois volto e termino esse belo conto!
beijos